quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Concelho de Idanha-a-Nova

Este, é um concelho, de que eu particularmente gosto, pq é uma zona do País que visito muito e onde normalmente passo férias!...
Viagem e visita ao concelho de Idanha-a-Nova
Localização :
Concelho do distrito de Castelo Branco, Idanha-a-Nova ocupa uma área de 1412.7 km2, abrangendo administrativamente dezassete freguesias e as vilas de Monsanto, Zebreira e Idanha-a-Nova, esta última sede concelhia. Localizado numa região de planalto, o concelho é limitado a Norte pelo concelho de Penamacor; a Oeste, pelos concelhos de Fundão e Castelo Branco; a Sul e a Leste, pelos rios Tejo e Erges que constituem uma longa linha fronteiriça, separando Idanha-a-Nova de Espanha. Os solos do concelho são em grande parte compostos por xisto, terciário e granito, sendo que a sua área florestal é constituída essencialmente por azinho, oliveira, sobro e carvalho negral.


História : 

A sede do concelho de Idanha-a-Nova parece ter tido origem num castelo, edificado em 1187 por D. Gualdim Pais. Em 1206, D. Sancho I atribuiu a este povoado, formado ao abrigo da fortaleza, o título de vila e doou-a aos Templários, ficando ao cargo deles a administração da povoação de Idanha-a-Nova. Em 1229, D. Afonso II confirmou a doação, dando-lhe foral e para a distinguir da antiga Idanha-a-Velha, denominou-a de Idanha-a-Nova; ainda no mesmo documento se ordena que se proceda ao repovoamento da Velha Egiptânea, Idanha-a-Velha; mas, apesar de todas as regalias oferecidas a quem se dispusesse a fixar residência na cidade decaída, só a partir do século XIII se verificou um leve repovoamento e reconstrução habitacional, ao contrário do que se sucedia em Idanha-a-Nova, que atraía cada vez mais pessoas para o seu termo, não demorando muito tempo a suplantar a todos os níveis a velha "civitas". Idanha-a-Nova foi-se desenvolvendo em volta do seu castelo, erguendo casas e templos; tal prosperidade se devia, não só à situação geográfica, propícia a uma melhor defesa militar, mas também ao facto de estar situada numa vasta campina irrigada pelo rio Ponsul, onde abundam os sobreiros, dos quais se aproveitam as bolotas e a cortiça, assim como abundam os carvalhos e as azinheiras. Em 1510, D. Manuel I, em manifesto reconhecimento do progresso de Idanha-a-Nova, concedeu-lhe Foral Novo a 1 de Junho. Em 1755, Idanha-a-Nova estava abrangida pela comarca de Castelo Branco, no entanto, com o passar dos anos, sempre em crescimento contínuo, um novo estatuto foi alcançado pela vila: tornou-se sede de concelho e mais tarde, cabeça de comarca.

Cultura e Turismo :
Idanha-a-Nova é um concelho de uma beleza paisagística e um património histórico notáveis. Dos valiosos conjuntos urbanísticos de Idanha-a-Nova e de Idanha-a-Velha à monumental aldeia de Monsanto; das pontes romanas sobre o Pônsul, nas imediações de Idanha-a-Velha e de Monsanto, aos pelourinhos e às igrejas, ermidas e capelas que se encontram em toda a parte, Idanha-a-Nova apresenta um património histórico, arquitetónico e cultural de grande valor. O concelho é igualmente detentor de uma grande tradição etnográfica, sendo de destacar as danças, as músicas e os cantos de raiz popular perpetuadas pela grande expressão de festividades realizadas no concelho. Para a divulgação e promoção das suas tradições, existem em Idanha-a-Nova vários grupos etnográficos que mantém uma ligação intensa às vivências do mundo rural. A variedade do repertório, a originalidade dos trajes, das danças e dos cantares, tornam o património etnomusical de Idanha dos mais interessantes do país. Idanha-a-Nova possibilita, durante todo ano, a prática de desportos ao ar livre que vão desde os simples percursos a pé, de bicicleta ou a cavalo, passando por tardes de pesca ou passeios de barco.

Idanha-a-Velha

Aldeia histórica de Monsanto :
Monsanto é construída em pedra granítica. Monsanto, avista-se na encosta de uma grande elevação escarpada, designada de o Cabeço de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova e irrompe repentinamente do vale. No ponto mais alto o seu pico atinge os 758 metros. A presença humana neste local data desde o paleolítico. A arqueologia diz-nos que o local foi habitado pelos romanos, no sopé do monte. Também existem vestígios da passagem visigótica e árabe. Os mouros seriam derrotados por D. Afonso Henriques e, em 1165, o lugar de Monsanto foi doado à Ordem dos Templários que sob orientações de Gualdim Pais, que mandou construir o Castelo de Monsanto. O Foral foi concedido pela primeira vez em 1174 pelo Rei de Portugal e retificado, sucessivamente, por D. Sancho I (em 1190) e D. Afonso II (em 1217). Foi D. Sancho I quem repovoou e reedificou a fortaleza que, entretanto, fora destruída nas lutas contra o Reino de Leão. Seriam novamente reparadas um século mais tarde, pelos Templários. Em 1308, o Rei D. Dinis deu Carta de Feira e, em 1510, seria El Rei D. Manuel I a outorgar de novo Foral e concedendo à aldeia a categoria de vila, em meados do século XVII, Luís de Haro (ministro de Filipe IV de Espanha), tenta cercar Monsanto, mas sem sucesso. No século XVIII, o Duque Berwik também cerca Monsanto, mas o exército português comandado pelo Marquês de Mina derrota o invasor nas difíceis escarpas que se erguem até ao Castelo. Monsanto foi sede de concelho no período 1758-1853. Um grave acidente no século XIX destruiu o seu Castelo medieval, pela explosão do paiol de munições. Nas últimas décadas, Monsanto tornou-se popularmente conhecida como "a aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano.

Lenda da Aldeia Histórica de Monsanto :
Esta é uma lenda de tradição religiosa popular. E conta-nos a história de Ricarda, uma mulher com um feitio horrível. Barafustava com as vizinhas e facilmente passava aos insultos. Toda a gente se afastava dela, família e amigos, não havia quem a conseguisse aturar. A única pessoa que a olhava com bondade era um santo homem que ninguém sabia de onde viera e que habitava uma gruta escavada numa rocha. Ninguém sabia o seu nome mas como ele dizia que amava a Deus e a tudo o que existia na natureza, ficou conhecido por Amador. Como era sábio e de uma grande bondade, muitos eram os que o visitavam para pedir conselhos ou conversar com ele. Como pagamento recebia agua fresca, pão ou muito excepcionalmente uma peça de fruta. Ricarda também visitava Amador mas nunca mudava de atitude. Queixava-se de toda a gente, em resumo estava sempre de mal com a vida. Tanto fez, tantos inimigos arranjou que um dia teve de partir para longe. Quando voltou trazia com ela um filho pequeno, mas a mesma raiva no coração. Como era de esperar o único que a recebeu com bondade foi Amador. Interessou-se pelo menino e pediu-lhe que o deixasse baptizar, mas Ricarda respondeu torto como de costume. Praguejava também contra a criança dizendo que o menino era chorão e que em vez de amigos mais depressa arranjaria diabos que o levassem para o inferno. Ao dizer estas palavras, levantou-se um vendaval, o sol desapareceu atrás de uma nuvem avermelhada e ouviram-se gargalhadas sinistras. Um bando de demónios levou o menino e na mesma altura o chão abriu-se e “engoliu” a amarga Ricarda. Amador rezou com tal fé pelo menino que os demónios o largaram em cima de uma rocha, sem um único arranhão. O bondoso homem recolheu o menino e tratou dele, contando com a ajuda de uma corça que aparecia para dar leite ao menino sempre que este tinha fome. Muitos se ofereceram para o ajudar, mas Amador dizia que enquanto a corça viesse dar leite ao menino, não precisava de mais nenhuma ajuda. E a corça nunca faltou e o menino foi crescendo sempre junto do seu amigo a quem se afeiçoou. Ambos adquiriram a fama de santos e junto a gruta onde viviam ergueu-se uma capela que ainda hoje lá está e se chama Ermida de São Pedro de Vir-a-Corça.


Gastronomia :
A gastronomia do concelho de Idanha-a-Nova é bastante variada, refletindo as tradições de uma zona de transição, sendo de destacar: o queijo de ovelha de Idanha-a-Nova; os pratos confeccionados com borrego, carneiro e cabrito; os enchidos; os pratos de caça. Na doçaria, sobressaem as broas de mel, os borrachões, os bolos de azeite e o bolo doce da Páscoa.
                                        
Veja também receita em http://viajandoaojardimdossabores.blogspot.pt/2013/12/borrachoes.html
Fonte: http://carlosmartins20.blogspot.pt/2013/03/viagem-e-visita-ao-concelho-de-idanha.html

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