terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Castelo Rodrigo

Castelo Rodrigo situa-se sobre uma alta e isolada colina, na cota 770m a 820m. Localiza-se nos vastos territórios de Riba Côa, a 10 Km da margem direita do rio Côa, próximo da Ribeira de Aguiar, 3 Km a sul de Figueira de Castelo Rodrigo e a 12,5 Km da raia espanhola.
Encontra-se na confluência da Estrada Nacional 332, vinda de Almeida, e da estrada Nacional 221, vinda de Pinhel.
                                
Quadro Histórico
Os vestígios mais antigos da presença do homem no território são achados do Paleolítico. A cultura megalítica e a cultura castreja reflectem-se na sua toponímia. O domínio romano apresenta muitos vestígios na região. Existem lápides epigrafadas e dezassete estações arqueológicas no concelho, na sua maioria restos de villae romanas. A passagem dos muçulmanos ficou marcada por vestígios ainda existentes na cisterna e nalgumas casas no interior do Castelo.
As primeiras referências escritas datam da época da Reconquista e mostram a importância que tinha para os reis de Leão o repovoamento deste (então seu) território: foi-lhe atribuído o título de vila e foi elevada a concelho por Afonso IX de Leão.As doações feitas aos frades Salamantinos, fundadores da Ordem de S. Julião do Pereiro, e aos primeiros frades de Santa Maria de Aguiar, oriundos de Zamora, revelam uma idêntica preocupação com a reorganização e povoamento desta área, de que o convento de Santa Maria de Aguiar é, hoje, importante testemunho. Aliás, historicamente, nenhuma povoação raiana exerceu, por período tão longo, um lugar tão relevante nas relações luso-castelhanas e na defesa do território português.
Em 1170 Afonso Henriques conquistou Castelo Rodrigo aos mouros mas ela será novamente perdida, tornando a ser reconquistada por D. Sancho I, em 1209, data em que este lhe concede o seu primeiro Foral.
Castelo Rodrigo, povoação fortificada desde a mais remota antiguidade, foi integrada definitivamente no território português a 12 de Setembro de 1297, pelo tratado de Alcanizes; D. Dinis , que confirma o seu Foral em Trancoso, em 1296, mandou repovoar e reconstruir o Castelo. Sendo palco de constantes guerras, D. Fernando mandou novamente reparar as suas muralhas.
Foi por esta época que Castelo Rodrigo pediu a D. Fernando Carta de Feira, o que lhe foi concedido por Carta Régia de 23 de Maio de 1373, devendo a Feira ser feita a 18 de cada mês "se nesse dia não se fizer outra feira franqueada em algum lugar acerca dessa vila". Porém, passado pouco mais de um ano, em 1374, o Rei altera a data da Feira para o dia 1 de cada mês; mais tarde, em 1386, D. João I muda a data da Feira, o que causou graves prejuízos aos moradores; anos depois, estes escreveram ao Rei pedindo a alteração da data para o dia 25, o que lhes foi concedido "... com tanto que façam em dias taes que não façam em nenhum prejuízo às outras feiras que se fazem nas outras vilas e comarcas d'arredor".
Durante a crise de 1383-85 Castelo Rodrigo tomou o partido de D. Beatriz e de D. João de Castela pelo que D. João I, o Mestre de Aviz, castigou a vila, mandando que o seu brasão ficasse com o escudo das armas reais invertido e tendo-a colocado na dependência administrativa de Pinhel.De novo a Vila se despovoou e caiu em ruínas.
D. Manuel mandou, novamente, que fosse repovoada, bem como restaurado o Castelo, tendo-lhe dado Foral Novo em 25 de Junho de 1508.Os dois primeiros reis da Dinastia dos Filipes instituíram o condado e o marquesado de Castelo Rodrigo na pessoa de Cristóvão de Moura, filho de um alcaide da povoação e defensor da causa filipina, que fez erigir, em 1590, um magnífico palácio residencial no interior da antiga alcáçova. A 10 de Dezembro de 1640 a população de Castelo Rodrigo, revoltada contra o fidalgo, pôs fogo ao palácio do traidor.
De novo Castelo Rodrigo se vê envolvida nas lutas contra Castela tendo, em 1664, sofrido o Cerco do Duque de Ossuna. A sua guarnição, apenas com 150 homens, resistiu heroicamente até à chegada de reforços portugueses, altura em que se trava batalha nos campos junto ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar. Conta-se que o Duque se Ossuna e D. João d'Austria terão escapado com vida, disfarçados de frades.
Castelo Rodrigo foi ponto de passagem dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, aqui acolhidos e cuidados por uma confraria de frades hospitaleiros, estabelecida em Portugal desde 1192.
Após as Guerras da Restauração Castelo Rodrigo foi perdendo a sua importância e, a 25 de Junho de 1836, por Carta Régia de D. Maria II, a sede de concelho passou para a povoação de Figueira de Castelo Rodrigo.

Programa de Intervenção
Pretende-se a valorização da povoação como elo da cadeia de fortalezas fronteiriças, nomeadamente do eixo Almeida/Castelo Mendo/Castelo Rodrigo, e como pólo de atracção turística que beneficia da navegabilidade do rio Douro até Barca D'Alva e da proximidade de Espanha. Para tal importa reactivar artes e ofícios tradicionais, como factor de dinamização económico-social, tendo como suporte o fluxo turístico.
http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/rotas-turisticas/turismo-cultural/rota-das-aldeias-historicas/item/137-castelo-rodrigo

Castelo Novo

Castelo Novo é uma aldeia do Concelho do Fundão, encaixada a meia encosta nascente, na Serra da Gardunha, entre os 600 e 635 m de altitude e as ribeiras de Gualdim e de Alpreada. Toda ela se desenvolve de uma forma concêntrica, em torno de um elemento de referência, o Castelo, nomeadamente a torre de Menagem. Por trás dos Paços do Concelho, no ponto mais alto e central da aldeia, impõe-se o Castelo, representando a arquitectura militar gótica e manuelina, com a sua torre sineira e de menagem.
                                     
Apesar do seu estado de ruína, no pano de muralha é perceptível a existência de duas portas a nascente e a poente, que constituíam entradas na cidadela.
A rudeza da envolvente e a índole medieval, comprovada documentalmente pelo foral outorgado por D. Pedro Guterres, no início do século XIII, durante o reinado de D. Sancho I. Este foral conferiu a Castelo Novo a qualidade de mais antigo de todos os antigos concelhos existentes na circunscrição do actual município do Fundão, deram mote a um desenho que evidencia a silhueta desgastada da Torre.
O sol que invade a Aldeia de Castelo Novo e que a aconchega, transforma-a num cenário de contrates muito especial.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Beira Alta

Antiga província portuguesa, formalmente estabelecida pela reforma administrativa de 1936 e extinguida pela Constituição da República Portuguesa de 1976, a região da Beira Alta confina com as regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro a norte; Douro Litoral a noroeste; Beira Litoral a oeste e sudoeste; e Beira Baixa a sul. Faz fronteira com Espanha, a leste. 

Abrange cerca  de   8500 km2  e compreende  33 concelhos:  18 do distrito de Viseu,  13 do distrito daGuarda e dois do distrito de Coimbra.   
Região planáltica, de média altitude, cortada por vales fluviais e cingida por serras (Estrela, Montemuro, S. Macário,Gralheira, Caramulo e Buçaco) apresenta uma diversividade climática, registando temperaturas consideravelmente baixas no inverno.
Embora atravessada por uma via férrea internacional (da Pampilhosa a Vilar Formoso) e por boas estradas, mantém ainda alguns concelhos com fraca                                  
Sé de Viseu                            acessibilidade, o que constitui um obstáculo ao seu desenvolvimento. As  principais indústrias desta zona são os lanifícios, os laticínios e o fabrico de produtos alimentares.                                        

                                                                    Coimbra
A Beira Alta apresenta, nos  seus principais  pratos típicos, o queijo da Serra da Estrela, as morcelas e farinheiras; o arroz de pato e o cabrito e a vitela assados; castanhas, servidas em confecções variadas, as cavacas e o vinho do Dão.Possui alguns dos melhores e mais sumptuosos solares de Portugal, sendo, depois do Minho, a região portuguesa onde se encontram mais construções solarengas. Muitas são também as individualidades notáveis com que a Beira Alta tem contribuído para o engrandecimento do país,em todas as manifestações da atividade humana (intelectual, económica, política, etc.), de entre as quais se distinguem Frei Bernardo de Brito, Aquilino Ribeiro, Leite de Vasconcelos, Costa Cabral e Gabriel Fonseca.
Fonte:  http://www.infopedia.pt/$beira-alta  e https://www.google.pt/#q=Fotos                                    

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Estremadura



"As pescarias faziam-se em Setembro, em manhãs em geral brumosas e frescas. Peixes de escama verde e ventre claro, ou o safio como um tronco de afogado; o tamboril e o lavagante..."
                                 
Agustina Bessa Luís


Instituída em 1936 como província portuguesa e desaparecida administrativamente como tal em 1976, a região daEstremadura ocupa uma faixa litoral no centro do território e compreende concelhos dos distritos de Leiria, Lisboa e Setúbal. É banhada pelo oceano Atlântico a oeste, e confina com as regiões da Beira Litoral a norte, do Ribatejo a leste,do Alto Alentejo a sudeste, e do Baixo Alentejo a sul. A Estremadura abrange uma área de 5345 km2 e compreende 31concelhos: 8 do distrito de Leiria, 14 do distrito de Lisboa e 9 do distrito de Setúbal. Sendo a faixa de terreno situada a norte e a sul do estuário do Tejo, constitui a parte mais ocidental do território continental português. Nesta região,situa-se Lisboa, a capital do País.
                       
                          Lisboa
A atividade humana em volta de Lisboa domina todo o conjunto, enquanto centro cultural, político e comercial do país.Aí se destaca também o seu importante porto, e para aí convergem todas as estradas nacionais e as grandes viasinternacionais.          Com fáceis comunicações, a Estremadura alimenta uma grande parte da economia, onde concorrem as produções locais,nacionais e até mesmo internacionais. Em Lisboa e nos seus arredores, concentram-se importantes núcleos económicosde todos os géneros: metalurgia, construção naval, têxteis, produtos alimentares, pescas, produtos químicos, etc. Acapital possui uma enorme variedade de empresas e constitui também o maior centro de serviços. É ainda aqui que se estende   a zona de mais intensa atividade turística. Não se limitando aos centros mais conhecidos,distribui-se por um elevado número de pequenas povoações que são o grande refúgio de muita população do País.Nenhuma outra zona portuguesa avulta no turismo nacional como a Estremadura. Para isso concorrem os seusmonumentos e museus, e a facilidade das suas comunicações.                                                                                              

À sua extrema variedade de paisagem e de terreno corresponde também uma variedade de culturas, hábitos ecostumes, que se pode observar no seio da população.
A Estremadura apresenta, nos seus principais pratos típicos, a caldeirada de sardinhas, as favadas, as pataniscas debacalhau e as amêijoas à Bulhão Pato; várias receitas de bifes e de coelho; os pastéis de Belém e de feijão, o pão de ló,entre outros. Nesta região, as romarias podem não ter a vivacidade e os tons alegres das romarias nortenhas, mas reúnem grandesmultidões. A tourada é um elemento habitual dessas festas. Na periferia de Lisboa realizam-se algumas das maisconcorridas festas de Portugal, parte delas caracterizadas por um cerimonial de trajes que vem já de remota idade.
Muitas foram as individualidades que daqui deixaram o seu nome ligado à História portuguesa, na vida militar, naliteratura, na arte, na política, etc. Lisboa sobressai pelo número e qualidade dessas individualidades, dado que é de hámuito o maior centro populacional, dotado de condições excecionais.


http://www.infopedia.pt/$estremadura

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vieira do Minho

O Concelho de Vieira do Minho possui grandes potencialidades que têm sido alvo de aproveitamento turístico.
O recurso mais emblemático deste concelho é a sua paisagem. As paisagens que aqui existem, desenhadas com as mais belas cores que os mestres têm nas suas paletas avassalam pela sua magnitude e pelo seu brilho.

São aliás estas paisagens deslumbrantes o enquadramento para momentos de lazer diversificados, nomeadamente a prática de BTT, pedestrianismo, orientação, paintball, tiro com arco, escala… Há ainda os lagos azuis que contrastam com o verde e o cinzento granítico da serra, estes lagos onde deambula o barco de recreio e se desliza no cabo ski…
O património, na sua beleza rude e austera, acolhe hoje unidades de turismo em espaço rural, onde o conforto proporcionado permite ao visitante o deleitoso convívio entre a modernidade e a tradição.
A cultura das nossas gentes passa também pela excelência gastronómica. São inúmeros os pratos que são confeccionados recorrendo à tradicional vitela barrosã, ao cabrito, aos produtos hortícolas… Não esqueçamos o delicioso queijo e o inconfundível mel!
Não deixe ainda de ajudar a sua memória e quando partir leve consigo um dos inúmeros produtos artesanais.
Tocar, sentir também é recordar.

http://www.cm-vminho.pt/7900

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Minho


O Minho é uma província tradicional (ou região natural) portuguesa, formalmente instituída por uma reforma administrativa havida em 1936. No entanto, as províncias nunca tiveram qualquer atribuição prática, e desapareceram do vocabulário administrativo (ainda que não do vocabulário quotidiano dos portugueses) com a entrada em vigor da Constituição de 1976. É desta região que vieram a maior parte dos portugueses que colonizaram o Brasil a partir do século XVIII.
Limitava a Norte e a Nordeste com a Galiza, em Espanha (províncias de Pontevedra e Ourense, respectivamente), a Este com Trás-os-Montes e Alto Douro, a Sulcom o Douro Litoral e a Oeste com o Oceano Atlântico.
Era então constituída por 23 concelhos, integrando a totalidade dos distritos de Braga e Viana do Castelo. Tinha a sua sede na cidade de Braga.
Distrito de Braga: Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras do Bouro,Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde.
Distrito de Viana do Castelo: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira.
Se ainda hoje a província em causa existisse, contaria provavelmente com 24 municípios, posto que foi entretanto criado um novo concelho, na área do distrito de Braga: Vizela (em 1997, por secessão de Guimarães).
Para alguns geógrafos, esta província, em conjunto com o Douro Litoral, formava uma unidade geográfica maior: o Entre Douro e Minho.
Por outro lado, podia dividir-se em duas regiões: o Alto Minho, correspondente ao distrito de Viana do Castelo, e o Baixo Minho, correspondente ao distrito de Braga.
Actualmente, o seu território encontra-se na região estatística do Norte, repartindo-se pela totalidade das sub-regiões do Minho-Lima e do Cávado, e parcialmente pelas sub-regiões do Ave (concelhos de Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela) e Tâmega (dois concelhos das Terras de Basto , a saber Cabeceiras e Celorico de Basto).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Minho_(prov%C3%ADncia)

Bragança

Aspetos geográficos



Cidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, capital de distrito e sede de concelho. Localiza-se na Região Norte (NUT II), noAlto Trás os Montes (NUT III). Elevada à categoria de cidade em 1464, Bragança constitui um importante centrocomercial e de serviços.
O concelho de Bragança abrange uma área de 1173,6 km2 e está dividido em 49 freguesias: Alfaião, Aveleda, Babe,Baçal, Bragança - Santa Maria, Bragança - Sé, Calvelhe, Carragosa, Carrazedo, Castrelos, Castro de Avelãs, Coelhoso,Deilão, Donai, Espinhosela, Failde, França, Gimonde, Gondesende, Gostei, Grijó de Parada, Izeda, Macedo do Mato,Meixedo, Milhão, Mós, Nogueira, Outeiro, Parada, Paradinha Nova, Parâmio, Pinela, Pombares, Quintanilha, Quintela deLampaças, Rabal, Rebordainhos, Rebordãos, Rio de Onor, Rio Frio, São Pedro de Serracenos, Salsas, Samil, Santa Combade Rossas, São Julião de Palácios, Sendas, Serapicos, Sortes e Zoio.
Em 2005, o concelho apresentava 34 696 habitantes.
O natural ou habitante de Bragança denomina-se bragançano, braganção, bragancês, bragantino ou brigantino.
O distrito de Bragança situa-se na parte oriental da província tradicional de Trás-os-Montes e Alto Douro. Faz fronteiracom a Espanha a norte e a leste, e está limitado pelos distritos de Vila Real a oeste e Viseu e Guarda a sul. Abrangeuma área de 6543 km2 e é composto por 12 concelhos: Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo deEspada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vimioso, Vila Flor eVinhais.
O relevo do distrito de Bragança é marcado por vastas superfícies planálticas, interrompidas por maciços montanhosos(serras de Montesinho, da Nogueira, de Bornes e da Coroa) e recortadas pelos vales encaixados do rio Douro e dos seusafluentes. O Douro, que delimita o distrito a leste e a sul, e os seus afluentes Sabor e Tua são os principais rios quedrenam o distrito.

História e Monumentos


A tradição atribui a fundação da cidade de Bragança a um lendário rei Brigos, em 1906 a. C., daí lhe advindo o primitivonome de Brigância. Mais tarde, foi dominada e reedificada pelos Romanos, no tempo do imperador Augusto César, quelhe terá dado o nome de Juliobriga.
Destruída na altura da guerra com os Mouros, foi mandada reconstruir em 1130 por D. Fernando Mendes, cunhado de D.Afonso Henriques, no lugar de Benquerença, tendo adotado este nome. Esta nova povoação travou novas lutas com osÁrabes, que a destruíram. D. Sancho I repovoou-a e concedeu-lhe o primeiro foral, em 1187. Em 1199, em lutas com orei de Castela, o monarca português restituiu-lhe o nome de Bragança. O foral viria a ser confirmado e reformulado, a 20de fevereiro de 1464, pelo rei D. Afonso V.
Cidade fronteiriça, D. Dinis mandou fortificá-la, cercando-a de uma muralha e erigindo um poderoso castelo, que, em1390, D. João I mandou ampliar. Esse castelo que domina a cidade tem forma quadrangular, com cada face colocada nadireção de cada um dos pontos cardeais.
Destacam-se ainda os seguintes monumentos em Bragança: o monumento nacional Domus Municipalis, dos séculos XII eXIII, considerado um monumento único da arquitetura civil daquela época e que inicialmente terá sido construído para acasa da água, tornando-se mais tarde o espaço de reuniões dos «homens bons do concelho»; o pelourinho medieval,constituído por uma coluna encaixada numa figura zoomórfica - a porca da vila - e que termina num exótico capitel; aSé (antiga igreja dos Jesuítas), do século XVI; as igrejas, de Santa Clara, de S. Bento e dos padres Jesuítas, tambémdo século XVI; as igrejas de S. Vicente (século XVII), onde se realizou o casamento clandestino de D. Pedro I com Inêsde Castro, e de S. Francisco (século XIII), que, segundo a tradição, teria sido edificada primitivamente pelo próprio S.Francisco de Assis e, mais tarde, se alargou e se tornou num convento dos frades franciscanos; e o Mosteiro de Castrode Avelãs (século XIII), uma mistura do Românico e do Árabe, outrora um poderoso reduto monástico do NordesteTransmontano, constituído por três troncos cilíndricos de tijolo argamassado e pela igreja.

                               

                               

                               
Tradições, Lendas e Curiosidades
Bragança tem como feriado municipal o dia 22 de agosto. O seu orago é a Nossa Senhora das Graças (22 agosto).
Nos diferentes concelhos do distrito de Bragança, realizam-se romarias importantes: a festa de Santa Cruz, a 3 de maio;a festa a Nossa Senhora da Ribeira, no último domingo de maio; a festa a Nossa Senhora das Graças, de 12 a 22 deagosto; a festa a S. Bartolomeu, a 24 de agosto, e a festa a Nossa Senhora da Serra, a 8 de setembro, em Bragança; afesta do Concelho, onde se reúnem todas as padroeiras do concelho, que se realiza no último domingo de agosto, emCarrazeda de Ansiães; a da Senhora dos Montes Ermos, a 15 de agosto, em Freixo de Espada à Cinta; a festa de S.Pedro, a 29 de junho, em Macedo de Cavaleiros; a festa de Nossa Senhora das Graças, no primeiro domingo a seguir a15 de agosto, em Miranda do Douro; a festa de Nossa Senhora do Amparo, no primeiro domingo de agosto, e a festa doMártir S. Sebastião, no segundo domingo de setembro, em Mirandela; a festa de Nossa Senhora do Caminho, no últimodomingo de agosto, em Mogadouro; a da Nossa Senhora da Assunção, a 15 de agosto, em Torre de Moncorvo; a festade S. Lourenço, a 10 de agosto, e a festa de Santa Bárbara e Nossa Senhora da Saúde, também em agosto, emVimioso; e as festas a Nossa Senhora da Assunção, a 15 de agosto, e a de Santo António, no primeiro domingo desetembro, em Vinhais.
Tradicionalmente, são celebrados, em algumas aldeias dos concelhos do distrito, os rituais da "Festa dos Rapazes", da"Festa de Natal" e da "Festa a Santo Estevão".
A Festa dos Rapazes realiza-se entre 25 de dezembro e o dia dos Reis. Esta festa consagra os rapazes solteiros daaldeia, sendo a mesma presidida por um "juiz" ou por dois "mordomos", eleitos no último jantar desta celebração. O grupode rapazes ocupa-se fundamentalmente da morte de uma vitela, que irá servir a primeira refeição coletiva. Essesrapazes e o gaiteiro contratado assistem à Missa do Galo e, um pouco antes dela acabar, saem da igreja, envergam asmáscaras e os respetivos trajes e tomam posições estratégicas no sentido de forçar as pessoas que saem da missa aconcentrarem-se no largo da aldeia, onde terá lugar o "colóquio". O colóquio consiste na subida de um dos rapazes a umpalco improvisado com carros de bois, onde tira a máscara e, em verso, dá as boas-festas aos presentes; os outroscompanheiros, um após outro, comentam em tom burlesco ou sarcástico os acontecimentos ocorridos durante o ano.Terminado o "colóquio", o grupo e o gaiteiro iniciam uma visita a todos os moradores da aldeia, e estes fazem-lhesofertas. Finda a ronda, os rapazes juntam-se num terreno amplo, onde tem lugar o baile.
Existe um ritual típico durante a época natalícia, a Festa de Natal, na freguesia de Bemposta, do concelho deMogadouro. É uma tradição chamada "O Dia do Chocalheiro", que se realiza a 26 de dezembro e a 1 de janeiro, a partirda meia-noite. Neste ritual, as personagens intervenientes são meros pedintes ao serviço da igreja, percorrendo alocalidade a recolher esmolas, na companhia dos respetivos mordomos. O cargo do chocalheiro é leiloado todos os anospelo mordomo da festa. Na tradição local, a atuação do "chocalheiro" denuncia uma personalidade que aterroriza e quese coloca fora da lei e das convenções, mas é aceite porque contém um sentido de proteção da comunidade, sendoatravés dele que se normalizam certas forças estranhas que nesse período se creem desencadeadas.
Por volta dos dias 25 e 26 de dezembro, na freguesia de Ousilhão, do concelho de Vinhais, organiza-se a Festa a SantoEstevão ou a Festa dos Rapazes. A festa é dirigida por um "rei", que se faz acompanhar de dois rapazes - os "vassais".O rei, no dia 25 de dezembro, juntamente com um gaiteiro, quatro "moços" e um grupo de mascarados, visita todos osmoradores da aldeia, a cantar e a dançar, recebendo, em troca, uma oferenda. No dia seguinte de manhã, dá-se aMissa ao Santo e, de tarde, a população prepara a refeição coletiva, que integra a bênção da mesa pelo padre, atransferência de poderes do velho para o novo rei do próximo ano e o leilão dos géneros ofertados.
Na Sé do concelho de Miranda do Douro encontra-se uma estatueta do Menino Jesus da Cartolinha. Reza a lenda queem meados do século XVII, no meio de uma batalha entre o povo de Miranda e os Espanhóis, os Portugueses sesentiram muito cansados e com fome. De súbito, surgiu no meio da multidão, vindo não se sabe donde, um rapazinhocom uma espada em punho a dar-lhes forças e ânimo. Os Portugueses recobraram forças e lutaram com tal garra queobrigaram os Espanhóis a regressarem à sua terra. Entretanto, o menino desapareceu e o povo gritou "milagre: foi oMenino Jesus!".

Economia

Nas zonas cultivadas, como a do vale da ribeira da Vilariça, que é muito fértil, encontram-se a oliveira, o castanheiro ea vinha, além da amendoeira, que constitui uma das suas maiores riquezas. O distrito também produz trigo, centeio,batata, fruta e produtos hortícolas. Na pecuária, salienta-se a criação de gado lanígero e bovino, destacando-se desteúltimo a famosa raça Mirandesa.
O subsolo é rico em minérios, destacando-se o volfrâmio e o ferro.
A indústria encontra-se pouco desenvolvida, estando limitada aos ramos alimentar, madeireiro, da cortiça e deconstrução civil.
O turismo encontra-se em expansão e apresenta potencialidades no aproveitamento das características paisagísticas eculturais da região, bem como na exploração de atividades ligadas à caça, à pesca e aos desportos náuticos.
No artesanato típico confecionam-se artigos de cestaria, trabalhos em couro, trabalhos na forja, colchas de linho,colchas de lã, colchas de seda, toalhas e colchas de renda, artigos de tanoaria, produtos em madeira, instrumentosmusicais, artigos de latoaria, artigos de albardaria, ferragens, foles, peças de granito e miniaturas de casas tradicionaisem xisto.

Como referenciar este artigo:
Bragança. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-11-10].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$braganca,2>.Bragança